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66 3566 7200Significado da data, tipos de pães e origem das padarias;
16 de outubro é celebrado o Dia Mundial do Pão, alimento simbólico em diversas culturas; saiba origem da data e como as padarias surgiram. No Oriente Médio, Norte da África, Europa e em países de origem europeia, o pão é considerado um alimento básico e tem uma data dedicada a ele: 16 de outubro é o Dia Mundial do Pão. Geralmente o pão é feito de trigo, mas também pode ser feito de outros cereais, como centeio, cevada, aveia, milho, arroz, painço e sorgo. Em muitas cozinhas, há receitas tradicionais de pão que foram passadas de geração para geração. Desde os tempos antigos, o pão tem um significado que vai além da nutrição. Para muitas culturas, significa uma necessidade básica de alimentação e em algumas religiões, incluindo o cristianismo e o judaísmo, o pão também é usado como elemento ritualístico.
O Dia Mundial do Pão foi criado no ano de 2000, em Nova York, nos Estados Unidos, pela União Internacional de Padeiros e Confeiteiros (UIBC). O propósito da data visa lembrar a população da importância desse alimento que é considerado um mais antigos do mundo. Alimento tão antigo que, segundo a antropóloga Vanessa Moreira, nem a ciência consegue ainda precisar a data de seu surgimento.
"Até 2010, estimava-se que o pão tenha sido há cerca de 12 mil anos, na região da Mesopotâmia, onde hoje se localiza o Iraque, porém pesquisas recentes mostram que foram encontrados sinais de amido em pedras de moer de mais de 30 mil anos", explicou Vanessa. Além disso, o Dia Mundial do Pão foi originado também para celebrar o aniversário da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), que foi criada em 1945 para derrotar a fome. A organização tem um lema latino, "Fiat panis", que é traduzido como "Haja pão". Não coincidentemente, o Dia Mundial do Pão coincide com o Dia Mundial da Alimentação.
De acordo com a antropóloga Vanessa Moreira, muitos acreditam que as padarias começaram a existir em Roma, na Itália, com a criação das primeiras escolas de padeiro e dos primeiros comércios de pão. Acredita-se que muito do que os romanos sabiam sobre a produção de pães tenha sido absorvido da cultura grega, já que muitas padarias eram pertencentes a imigrantes gregos que viviam em Roma. "O crescimento da classe burguesa na Idade Média, com poder aquisitivo, levou ao desenvolvimento do comércio e economia e o crescimento das tradicionais padarias de bairro que produziam o pão que agora, era mais acessível em variadas formas," comentou a colunista do O POVO.
Apesar da Revolução Industrial, foi somente nos tempos modernos, com processos de refinamento da farinha e uma melhor compreensão dos processos de fabricação permitiram, que o pão começou a ser produzido em larga em escala e com rapidez, a um baixo custo e com qualidade.
"A recuperação econômica do pós-guerra com o desenvolvimento tecnológico em todos os setores, finalmente trouxe às pequenas padarias e confeitarias, algumas máquinas tradicionais do segmento como a amassadeira, as modeladoras e os fornos", detalhou Vanessa. Nas décadas de 80 e 90, a indústria passou a oferecer produtos padronizados para centenas de consumidores, chegando mesmo a pôr em xeque a existências das padarias artesanais de bairro. Conforme explica a antropóloga, foi no século XXI que se abriram as possibilidades para o mercado do pão. Isso porque, além de ser um alimento "padrão", havia uma certa comodidade, pois é disponível a qualquer hora devido ao avanço da tecnologia. No Brasil, a receita chegou para ficar por volta de 1835, no Rio de Janeiro, capital do país na época. Desde então, o pão francês, culturalmente a cara do Brasil, é presença certa nas padarias de todo o país.